Olá pessoas, como estão? Aqui é a Alice, para mais um Dialogando. O drama a ser resenhado é o “Hello, it’s Me!”, este é um drama coreano lançado pela emissora KBS2 em parceria com a Netflix, ele contém 16 episódios que estão disponíveis através do Drama Fansub, Netflix, Garden Drama Fansub e Kingdom Fansub. Eu o acompanhei, inicialmente sem compromisso, mas os episódios são tão envolventes que este é um drama que não tem como odiar e eu ainda estou em estado de êxtase com aquele final lindo e reflexivo, acho que jamais superarei estes personagens incríveis, sem mais delongas, vamos começar esse diálogo.

Bom, Hello it’s me é um drama que inicialmente pode se parecer como uma mera comédia romântica (aliás, não acho que a sinopse faça jus ao drama, pois quando a lemos parece que será mais uma comédia romântica como qualquer outra onde o moço rico se apaixona pela moça pobre, mas logo no primeiro episódio, o drama deixa claro que não será, pois tal categoria não é o plot central da trama), mas ele não é apenas sobre isso, na verdade, ele é um drama reflexivo, ele vai falar sobre como nós levamos nossas vidas baseadas em culpa, arrependimento, falta de proposito e tudo mais, ele falará sobre quando começamos a apenas sobreviver ao invés de aproveitar a vida que temos, principalmente quando fomos pessoas radiantes e sonhadoras durante a nossa juventude. O drama trará essa reflexão através de todos os personagens, que serão movidos por uma pessoa em comum, que é a Scarlet, personagem que também é conhecida por ser a versão de 17 anos da Bahn Ha Ni. A jovem que magicamente aparece na vida deles, vira tudo de cabeça para baixo, e através de muitas atitudes impensadas, consegue fazer com que as pessoas revejam suas vidas, ao olhar para quem eram no passado.

O drama vai girar em torno de Bahn Ha Ni (Choi Kang Hee), ela é uma mulher de 37 anos que vive insatisfeita com o rumo de sua vida, entretanto, não faz nada para mudá-la. Ela sempre foi uma pessoa radiante, e durante a sua juventude era a jovem mais popular e amada por muitos. Mas ao passar por momento traumático, o seu brilho se apaga, e ela se torna uma pessoa que se culpa muito, abaixando a cabeça e se ajoelhando diante das pessoas, sem se importar se a pessoa estava certa ou errada, pois para ela, a culpa sempre será dela. Quando as coisas começam a dar errado e seus sentimentos estão confusos demais, ela decide se entregar de vez e acabar com sua própria vida, no entanto, algo não esperado acontece e a sua versão sonhadora de 17 anos aparece em sua frente, fazendo com que se lembre de todos os seus sonhos e de sua força interna, que a possibilita de voltar a lutar para tornar a sua vida mais prazerosa.

Bahn Ha-ni de 37 anos, interpretada pela atriz Choi Kang Hee

Já que falamos da versão de 37 anos, nada mais justo que falar da 17 anos, Bahn Ha Ni, ou melhor, Scarlet (Lee Re), é uma jovem inconsequente, podemos ver nela a representação de muitas jovens ao redor do mundo, ela é alegre, gosta de dançar e cantar, se divertir com suas amigas, acompanhar idols, não gosta de estudar, muito valente, e acima de tudo, gosta de viver e tomar ações sem medir as possíveis consequências. Ela passa por pequenos choques de tempo por ser uma jovem que vem dos anos 2000 para 2021, porém, ela logo se acostuma a vida, passando a aproveitar cada dia mais. Muitas vezes seus atos causam revolta não só nos personagens da trama, mas em nós, telespectadores, entretanto, ela é uma pessoa simples e alegre, que quando percebe seu erro, ela o admite (apesar de não o fazer rapidamente). E por conta dessa sua inconsequência, ela acaba por ajudar muitas pessoas em volta dela a redescobrirem o brilho dentro de si.

Bahn Ha-ni versão 17 anos interpretada pela atriz Lee Ri

Yu Hyeon interpretado pelo ator Kim Young Kwang

Obviamente temos um bom elenco de apoio, com histórias magnificas, que é o Anthony (Eum Moon Suk), ele é um ator que já teve seus dias de glória e vem sendo esquecido, mas aos poucos ele reconstruí a sua carreira, porém, o seu passado é manchado por sua personalidade violenta e muita prática de bullying com seus colegas de escola e crianças na rua. Ele é muito teimoso e orgulhoso, e não acata as ordens de ninguém, a única pessoa que conseguia ‘mandar’ nele é o seu amor de adolescência, Bahn Ha Ni, a qual não encontra desde o ensino médio, sendo assim, ele fica extremamente surpreso quando no futuro, vê a versão de 17 anos do seu ‘amor’, e se recorda de seus momentos da juventude, tanto dos momentos bons quanto dos ruins.

Ji Eun e seu marido

Além de trabalhar o tópico desse amadurecimento na protagonista vemos em outros dois personagens, um sendo o Yu Hyeon, que deixa de ser um homem mimado para ser uma pessoa que achou seu propósito e sabe o que gosta e o que quer fazer, se dedicando intensamente a aquilo e dando amor as pessoas a sua volta (muito amor mesmo, o Yu Hyeon não tem maldade no coração, algumas vezes senti uma certa semelhança entre ele e o Young Shik de Para Sempre Camélia, mas o Yu Hyeon não tinha sede de justiça como o outro, entretanto, era igualmente uma pessoa boa e radiante. E entrou no meu top de melhores protagonistas). E também, vemos esse amadurecimento no Anthony, pelo mesmo motivo da Ha Ni, ele era um jovem inconsequente e fez muitas coisas ruins, e quando encara as pessoas que machucou no futuro, percebe o quão errado foram aqueles momentos de sua adolescência. Enquanto ele ganhava fama baseada em uma mentira, as pessoas que ele atormentou ficaram profundamente machucadas e não se esqueciam dos momentos tortuosos. E por conta disso, ele toma uma atitude incrível de admitir seus erros e dizer que suas palavras não remediariam o passado (não estou defendendo as ações dele de fazer bullying pessoal, ele tinha consciência de que não era certo o que fazia, e continuou a fazer, então achei incrível as consequências de suas atitudes vindo à tona, afinal, como dito pela Ha Ni, ‘Os adultos precisam admitir e lidar com as consequências dos seus erros’).

Além dos personagens principais, os secundários e coadjuvantes também foram afetados pela vinda da Ha Ni do passado. Ela conseguiu fazer com que uma jovem que sofria bullying por ser tímida se descobrisse e visse que poderia revidar e mostrar ao mundo o seu poder interno, ela também serviu para aproximar toda a família da Ha Ni que havia sido quebrada por uma fatalidade, assim como, conseguiu fazer que os laços de amizade crescessem novamente em várias pessoas, como o da Ji Eun e da Ha Ni, que já haviam um lindo passado em suas memórias.

Hello it’s me é um drama de narrativa simples que vai trazer a questões como a ganância familiar, o amor de amigos e de familiares, a falsa vida criada pelos idols para esconder o seu passado, o pequeno mistério acerca da aparição da Ha Ni (no caso, o elemento da fantasia, que é muto bem desenvolvido, na medida certa), muita comédia, e também temos um pouco de romance. Pelo fato de o romance não ser o verdadeiro foco, vamos tendo ele em cenas do cotidiano dos personagens, em cenas onde eles comem juntos, dão apoio para que o outro possa chorar, compartilham sentimentos, e muitas outras coisas. E este relacionamento simples, que é visto entre a Ha Ni e o Yu Hyeon é linda, pois mostra que o romance não está apenas em beijos e abraços, ele também está nos pequenos gestos de apoio.

Para ver tirinhas das cenas desse drama, clique AQUI

Olá doramigxs, tudo bem com vocês? Cá estou eu, Alice, para mais um Dialogando. Tenho que confessar que não tenho ideia de por onde começarei a discorrer sobre este drama incrível. Bom, a resenha de hoje é do drama de comédia romântica sul-coreano, Monthly Magazine Home/Revista de casa mensal. Este drama possui apenas 16 episódios que podem ser assistidos pelo Drama Fansubs, Subarashiis Fansub, Star Dramas (Telegram) e Viki (ele está no grátis lá). Enfim, bora para essa resenha?

Monthly Magazine Home é uma comédia romântica que conta a história de Ja Sung e Young Won, dois adultos que têm sua vida cruzada por conta da venda de um imóvel, e seu primeiro encontro causa uma má impressão, fazendo que instantaneamente desenvolvessem uma espécie de ‘ranço’ um pelo outro. Entretanto, a Coreia apresentada nos dramas é do tamanho de um grão de feijão e faz com que a Young Won comece a trabalhar para o Ja Sung. Apesar dessa premissa simples e extremamente clichê, Monthly conta muito mais do que isso, vemos o drama discorrer sobre a diferença entre uma casa e um lar não só através dos personagens principais, mais também, com os secundários e coadjuvantes, no sentido que, por mais que eles tenham um teto sobre suas cabeças para irem após um dia cansativo, este será considerado uma casa ou um lar? Além destes, também veremos o drama tratando de pré-julgamentos, cicatrizes internas, as reclamações constantes ao invés de agradecer e a força que habita em cada um de nós.

Como eu disse anteriormente, nossa reflexão principal está entorno dos personagens principais e secundários, que são os funcionários da revista mensal de casa, e dentro desta equipe temos o CEO Ja Sung (Kim Ji Seok), o editor-chefe Choi (Kim Won Hae), a editora Yeo (Chae Jung An), o editor Nam (Ahn Chang Hwan), editor Na (Jung So Min), o fotógrafo Gyeom (Jung Gun Joo), o assistente Jang Chan (Yoon Ji On) e as estagiárias Mi-Ra (Yoo Young) e Joo Hee (Ahn Hyun Ho). Todo o grupo apresenta uma química muito boa e podemos ver eles entrando em conflitos de convivência, porém, conforme o tempo vai passando, de alguma forma eles passam a entender mais o lado do outro e respeitá-lo. E as situações que os envolvem também podem servir como um tapa na cara para os telespectadores, pois, tratam como julgamos as pessoas levianamente e não respeitamos o espaço do outro, como reclamamos dos nossos trabalhos sem agradecer por o ter e tentar aprender mais sobre aquilo, e principalmente, fala sobre não ter empatia de entender a dor do outro, e mesmo sem a intenção, fazer com que este se sinta pior.

Equipe da editora

Dando foque aos principais da trama, teremos o Ja Sung, um CEO conforme o estereótipo comum, aquele que é arrogante pois tem um passado com muitas vivências conturbadas (sentiram minha ironia daí? Kkkk eu realmente amo esse personagem apesar disso). Preciso dizer que esse personagem me deixou em cima do muro muitas vezes, pois eu ficava com vontade de abraçá-lo e dizer a ele que ele fez bem durante sua vida, e nessa mesma proporção, eu gostaria de dar uns tapas nele e mandar ele deixar o mantra tóxico de que não é merecedor de nada, de lado (agressividade não resolveria, mas fala sério, atire a primeira pedra quem assistiu o drama todo sem ficar revoltada com o Ja Sung ao menos uma vez). Enfim, este personagem teve uma infância difícil pois migrou de uma casa para outra após seus pais falecerem (moral: ele cresceu sendo abandonado pelas pessoas), e sempre trabalhou muito para juntar o dinheiro que tem, e assim, não estar novamente na posição de ser abandonado ou necessitar de algo ou alguém, mas infelizmente, para chegar a este topo ele teve que assumir uma fachada arrogante e um tanto ignorante, ele tenta não se importar com aqueles a sua volta, fazendo eles pensarem que apenas precisa deles para que deem o suporte necessário para que chegue onde quer. Porém, com o passar dos episódios veremos as partes boas dele que não são expostas as outras pessoas, bem como, veremos a vontade dele de se livrar da imagem ruim a qual é associado e tentar verdadeiramente entender as necessidades de seus funcionários, e esta vontade, não é advinda de seu relacionamento com a protagonista feminina como em muitos outros dramas, ela o ajuda no processo, é claro, mas muito antes de iniciarem uma relação, ele já havia dado o primeiro passo sozinho. Este personagem é apresentado como uma pessoa que tem muitas casas e muito dinheiro, entretanto, ele não tem um lar ou um amor.

Já Young Won é uma mulher que teve que trabalhar muito desde a sua juventude, e durante esse processo, ela foi aprendendo mais sobre a vida, como os momentos que poderia se impor e aqueles que ela deveria ficar calada e escutar. Até poderíamos vê-la como uma pessoa azarada já que seu pai foi embora deixando ela e sua mãe cheia de dividas, foi demitida inúmeras vezes e por fim, foi despejada de algumas casas, ela teve uma vida difícil, entretanto, a Young Won é responsável por não ser a protagonista ingênua padrão, ela se mantém sim quieta perante a seus superiores, mas não deixa que ditem a vida dela, pois sabe os momentos que deve ceder, ficar ou deixar ir. Ela tem um brilho próprio que não deixa que ninguém apague. Infelizmente, tem o hábito de deixar que as pessoas façam ou falem coisas ‘horríveis’ para ela, durante o tempo que está fora de sua casa, já que possui a filosofia de que seu lar pode curar todas as suas feridas e recarregá-la após um dia ruim. Esta foi uma personagem que eu simplesmente amei (tinha como não amar?), já que ela trata a vida como algo ‘fácil e prático’, onde ‘tudo que você precisa ter para sobreviver’, é um lar, pois este lugar tem o poder de te renovar, as suas frases no fim dos episódios também eram responsáveis por impactar o drama e trazer para nós, telespectadores, a ideia de que todos vamos passar por momentos ruins, mas estes sempre sucedem um momento bom, apenas precisamos nos manter firme. No mais, Ela é uma pessoa muito sabia e que sabe os momentos certos para tudo, e está sempre em busca de aprender mais, e dentro neste processo ela entende que possui um lar, mas não tem uma casa para chamar de sua, e assim a veremos migrar de casa em casa, mostrando quais são os fatores que fazem uma casa que ‘não lhe pertence’, se tornar o seu lar.

Ja Sung e Young Won

Os demais personagens da também possuem questões importantes para a trama, principalmente as questões de suas casas e como elas refletem em suas vidas. O Gyeom é uma alma livre que gosta de acampar e viajar, e como efeito disso, ainda não está pronto para se prender em uma casa e um lugar, consequentemente, ainda não está pronto para se prender a uma pessoa também, e sua quentão dentro do drama é seu crescimento até que ele esteja preparado para mais um passo. O editor Nam retrata a pressão mental que podemos sofrer em casa, por mais linda que seja o nosso relacionamento com aqueles que dividimos o teto, ele também pode se tornar um fardo pesado quando não conseguimos atingir uma meta imposta. A editora Yeo trata sobre como uma casa grande e luxuosa não podem suprir uma ferida interior, todo o dinheiro nunca será o bastante para fechar um machucado mau cuidado. O editor-chefe Choi trata como a casa sendo um lugar que remete a esperança e medo, mas que acima de tudo, é um lugar que é circundado de amor e felicidade. Por fim, mas não menos importante, temos as histórias da Joo Hee, Jang Chan e Mi-Ra, que mostra como é difícil para os jovens se manterem, às vezes, podem ter um teto sobre suas cabeças e outras precisam se ajustar as opções, mas o fato de ter um local para descansar, não significa que você está livre de passar determinados ‘apertos’ e do medo constante.

Acredito que a principal reflexão que Monthly trata é sobre como as nossas casas representam como nós somos, cada partícula poeira e cada centímetro de nossas casas apresentam algo que nos define, seja de forma positiva ou negativa. Além disso, a forma que nos comportamos dentro de nossa casa, reflete em quem somos fora dela e maneira que somos internamente, pois nosso corpo é como uma casa, as pessoas tem acesso a vez o exterior que é bonito de sua maneira, pode não estar pintada e com os tijolos aparentemente quebrados, mas o interior é belo e aconchegante, como nossa casa. Assim como uma casa, o que somos por dentro é de acesso restrito e poucas pessoas podem conhecer. Há uma frase muito bonita sobre essa questão no drama “Uma casa reflete seu dono (...) se você ver como uma pessoa vive em casa, você pode dizer que tipo de pessoa eles são”.

Por meio de muitas analogias, Monthly Magazine Home trata perfeitamente a reflexão sobre a diferença de uma casa para um lar, às vezes podemos ter uma casa e não ter um lar, mas também somos suscetíveis a ter um lar, mas não ter uma casa, e a diferença entre eles é apresentada como a casa sendo o imóvel que nós exercemos direito legal sobre, e o lar sendo aquele lugar que contém os nossos rastros e nossas memórias. Tal aspecto pode ser notado nos protagonistas que são como duas almas que se encontram, ele possui muitas casas, mas não tendo um lar, e ela tendo um lar, mas sem ter uma casa. Quando iniciam uma relação profissional as diferenças entre eles logo são expostas, enquanto ele usa mais o lado racional, ela trabalha com o emocional, e apesar de sua inicial desavença, eles aprendem a compreender o olhar do outro, ele para as histórias e os sentimentos que uma casa é capaz de transmitir quando se torna o lar de alguém, e ela, aprende o fato de que uma casa também é como um ‘objeto’ de status para algumas pessoas.

Aproveitando o momento para falar sobre o relacionamento deles, preciso dizer que gostei muito de como eles o desenvolveram, já que não foi algo súbito, eles passam a gostar um do outro durante o tempo que moram juntos e aprendem mais sobre o interior um do outro. Apesar de não gostar da inserção de determinados plots no relacionamento deles, não posso negar o fato de amei a resolução de algum deles, como o fato de vermos eles fortes em seus critérios e dispostos a deixar que o outro seja feliz. O namoro deles foi algo que eu realmente gostei de ver pois o olhar dele transmitia amor e era lindo ver a maneira que o Ja Sung olhava para a Young Won e mesmo que ela não estivesse por perto dizia que ela era linda, e quando estava perto dela, sempre a elogiava caso não houvesse pessoas por perto (se não fosse pela raiva que o Ja Sung me fez passar em alguns momentos, eles realmente entrariam no meu top de casais e personagens favoritos).

Também não posso deixar de falar do nosso casal secundário, que composto pelos editores Nam e Yeo, o relacionamento deles foi apresentado bem rapidamente dando a gente o gostinho de quero mais, mas o pouco que acompanhamos mostra duas pessoas que tinham suas dores, a Yeo a dor de uma ferida não cicatrizada advinda da relação conturbada que tem com seu pai e o Nam a dor do ‘sufocamento’ de uma relação mal terminada e da pressão que sente dentro de sua casa. Veja bem, os problemas de ambos são originais de suas situações familiares, ela por falta de amparo e ele por amparo demasiado. Inicialmente os vemos como cão e gato e assim permanecem por muito tempo, mas acima de tudo, eles são grandes amigos que sabem a hora de estender a mão para o outro quando necessário, e assim, aos poucos a relação deles vai se transformando em carinho e amor e eles veem o quanto eles se completam. No mais, eles são duas almas perdidas, ela por achar que uma casa luxuosa supriria suas dores e ele por achar que adquirir uma casa levaria embora seus problemas, por fim, vemos eles construindo uma casa circundada de amor.

Além de obviamente admirar a atuação de todos os integrantes do elenco, preciso dizer que amei a fotografia do drama de mostrar todas aquelas casas e suas histórias, e tais casas também podem ser vistas em muitos outros dramas da dramaland, então foi ótimo ver o drama e me recordar dos outros que se passavam nesses locais (como a casa que apareceu em Love Scene Number). Outro fator que eu amei neste drama são as suas osts, todas as músicas são completamente viciantes, não há uma que não ficara presa em sua mente, além disso, elas condizem perfeitamente para os momentos a qual são inseridos, deixando a direção mais interessante.

 A narrativa da trama é um tópico que tenho uma crítica e vários elogios, adorei o fato dos títulos dos episódios condizerem perfeitamente com os episódios e dando duplos sentidos pois da mesma forma que o título falava sobre uma casa, ele falava sobre o dono desta, a forma que as analogias foram inseridas também é algo lindo de se ver e admirar. Entretanto, senti que houve alguns recursos que foram inseridos desnecessariamente e mesmo que tivessem o colocado, poderiam ter desenvolvido de uma forma mais trabalha caso houvesse mais tempo. Mas eu até compreendo o fato de tais clichês terem aparecido, afinal, este drama foi escrito pela Myung Soo Hyun, uma roteirista conhecida por colocar plots desnecessários (deixo claro que ela só é conhecida assim apenas por mim, já que em Drinking Solo ela coloca muitos plots parecidos com os que apresentou no final de Monthly – Inclusive, os protas de Drinking Solo fizeram uma participação especial neste drama, eles eram aquele casal de famoso fake).

Casal principal de Drinking solo em sua participação de Monthly Magazine Home

Bom, acredito que já me alonguei demais nesta resenha, preciso apenas finalizar dizendo que realmente amei esse drama. Apesar deu possuir minhas reclamações, elas não conseguem apagar o quanto amo este drama que levanta reflexões que levarei para o resto da minha vida. Para quem gosta de comédias românticas como Because This Is My First Life e One Percent Of Something, e dramas com reflexão e romance como Your House Helper, tenho Certeza de que vão gostar de Monthly Magazine Home. E para terminar, cito a vocês uma das minhas citações favoritas deste drama “Não defina o dinheiro como seu único objetivo. (...) Aproveite o tempo para olhar ao seu redor e cuidar de seus entes queridos. Se perder dinheiro, você pode ganhá-lo de volta. Mas se você perder o coração de uma pessoa, é difícil reconquistá-la. Não perca algo tão precioso”.

Para ver tirinhas desse drama, clique AQUI

Olá doramigxs como vão? Aqui é a Alice para mais uma resenha. A pouco tempo iniciei uma onda extremamente chata de necessitar de dramas leves e se preferência aquelas comédias românticas bem clichês (dramas reflexivos me esperem, essa fase chata vai passar e voltarei para vocês, meus favoritos), e pelo fato deu já ter visto boa parte das comédias românticas fornecidas por nossa querida Dramaland, abri uma caixinha para me indicarem e este foi o escolhido entre tantas indicações incríveis. “20th Century boy and girls” é um drama sul-coreano categorizado como comédia romântica, lançado em 2017, 20th possui apenas 32 episódios de 30 minutos cada, estes que estão disponíveis no Viki Plus, Kocowa Pass e no Kingdom Fansub.

‘20th Century boy and girls’ é um drama que contará a história sobre um grupo de jovens adultos que se conhecem desde que se entendem por gente. “4 Bongos” é o nome dado ao grupo composto por Jin Jin, Ji Won, Ah-Reum e Young Shim, desde antes de nascerem eles já viviam no mesmo condomínio, e por conta disso, dividiam uma mesma van para ir e voltar da escola que frequentavam. A amizade sólida deles se faz presente durante todo o drama, sempre mostrando que o passar dos anos não os afasta, e sim, os aproxima. Como uma boa comédia romântica, temos muitos clichês dentro da trama, não clichês chatos e batidos como pessoa para atrapalhar a relação, os clichês existentes são aqueles que fazem nosso coração acelerar, como o fato dos integrantes do casal principal serem amigos de infância, serem vizinhos e terem sido o primeiro amor um do outro. Além destes, também veremos alguns clichês dentro do casal secundário, como o clichê de se conhecerem na juventude e se reencontrarem e sobre a relação cão e gato que se torna amor. Com isso, podemos facilmente definir que além de romances lindos e fofos, este drama falará principalmente sobre a amizade que o tempo construiu, e um pouco sobre o âmbito familiar.

Jin Jin

Gong Ji Won (Kim Ji Seok) é um empresário que passou por muitas coisas durante a sua vida, perdeu seu pai para uma doença quando ainda era apenas uma criança, e alguns anos depois viu sua mãe seguir a vida e iniciar uma nova família, apesar de tudo isso, o condomínio onde ele passou boa parte de sua infância e juventude ajudou muito para que ele continuasse sua vida, principalmente as amigas que ele fez que sempre estiveram com ele, e até mesmo compartilharam com ele um momento único de suas vidas que foi satisfazer o último desejo de seu pai. Ji Won é um homem simples e sorridente, os momentos simples como tomar cerveja com os amigos ou ter uma refeição em família são o suficiente para fazê-lo feliz. Seu grande amor da juventude foi a maravilhosa, Sa Jin Jin, personagem a qual ele possui muitas lembranças boas, entretanto, situações externas fizeram com que ele se mudasse e perdesse o contato com as integrantes dos 4 Bongos. Porém, no momento em que retorna a Coreia, ele sente novamente o caloroso abraço de suas amigas, pois o tempo longe não faz com que os sentimentos mudem, apenas que o carinho entre eles cresça. Ji Won é um personagem que fala muito sobre valorizamos nossos próprios sentimentos , pois por muitas vezes os acontecimentos da vida faz com que criemos traumas e acreditemos que não vale a pena correr atrás de sermos felizes com quem amamos, ele pode ter demorado um pouco para perceber isso, mas assim que o faz, percebe que sua vida muda drasticamente e ele passa a sorrir todos os dias esquecendo das memórias ruins guardadas em seu passado.

Ji Won

Aproveitando a deixa, Anthony (Lee Sang Woo) é um idol/ator, ele teve seus anos de glória quando estava dentro de um grupo idol em sua juventude, mas ao passar dos anos o grupo se desfez e a cada dia mais ele caia no esquecimento de seus fãs, e isso faz com que ele se sinta cada vez mais deprimido e solitário. Em seu caminho de encontrar um novo caminho para o estrelado ele aceita participar do programa We Got Married junto a sua antiga fã, Sa Jin Jin, aos poucos ele vai conhecendo mais a Jin Jin e ela mostra a ele a alegria de viver e aproveitar o que faz sem se cobrar muito, pois tratar as coisas com leveza as torna melhores. Momentaneamente a admiração que a Jin Jin sente pelo Anthony o confunde, mas não é um tempo logo, afinal, ele logo percebe o que precisava para seguir, e com seu novo caminho traçado, ele volta aos seus dias de felicidade. Este personagem sem dúvidas é interessante pois mostra que nada é para sempre, principalmente a fama, esta é um fator momentâneo que é sempre bom aproveitar ao máximo, bem como, ele mostra muito sobre acreditar em si, em principal, em seus valores, nunca ultrapassá-los para conseguir algo.

Não menos importantes, ainda temos as duas outras integrantes dos 4 Bongos, sendo estar, Ah-Reum e Young-Shim. Ah Reum  (Ryu Hyun Kyung) é uma aeromoça que também se encontra em seus 35 anos e não faz parte do padrão de beleza imposto pelos coreanos, mas não se importa com isso, por algumas vezes ela até chega a comentar que precisava emagrecer para se encaixar, porém, no momento seguinte ela voltava aos seus hábitos normais de ser feliz sem se importar com o número que poderia aparecer na balança depois. Ela é uma pessoa que adora beber com as amigas, se divertir muito e nunca leva desaforos (este é um dos motivos deu amar tanto ela), principalmente quando se trata de situações no trabalho como aeromoça, local que acontecem muitas situações desconfortáveis. Ah-Reum tem um motivo de vida bem definido, que é se casar o mais rápido possível para que a sua mãe finalmente pare de perturbá-la com isso. E esta é a grande reflexão que esta personagem traz, o fato de acreditar fielmente que esta preparada para algo, e realmente estar, pois estes sendo um deles o fator de morar sozinha, quando ela tomou a decisão de sair da casa dos seus pais aos 35 anos pensou que era o momento e que estava preparada, mas ao encarar de frente a situação percebe que não é um mar de rosas e o quão difícil é se libertar das memórias de um lugar, e principalmente, abrir mão de ver a pessoa que mais amamos (que são nossos pais) todos os dias.

Ah-reum

Não menos importante, temos a Young Shim (Lee Sang Hee), está que é a última integrante dos 4 bongos, é uma advogada que se formou a algum tempo e vive em busca de um emprego, apesar do processo de procura ter sido árduo, ela não se demora a achar um local que a aceite. E este local vive uma politica de trabalho que ela demora um pouco para se ajustar, esta politica que é “cobrar daqueles que tem e defender gratuitamente aqueles que não tem”, esse fator acaba pesando para ela, pois se vê entre o seu escritório falindo pelo fato do seu chefe estar sempre trabalhando gratuitamente e o valor moral que defender as pessoas gratuitamente oferece. A principal questão acerca da Young Shim é a situação dentro da sua casa, onde seu pai é um homem machista que está sempre fazendo ‘escândalos’ por conta de casos triviais como a falta de uma alga no café da manhã (não pessoas, ele não tinha nenhum problema, ele apenas fazia isso, e como nem a Young Shim e nem a mãe revidaram, ele continuou a fazer, pelo menos, ele não batia nelas, mas é ruim da mesma forma já que toda a gritaria mexe com o psicológico, não é algo bom ou que deva ser tratado como comum). A Young Shim é uma personagem que luta internamente todos os dias, pois sua vida não vai exatamente como ela esperava, e quando ela consegue ver uma luz, ela agarra com todas as forças e segue em frente na busca de sua felicidade.

Young Shin

Como já dito anteriormente, o drama apresenta Jin Jin e Ji Won como um casal principal extremamente saudável e regado a fofura, a relação deles não se deu com extrema rapidez, e sim, foi acontecendo de maneira natural com eles se reencontrando e vendo o lindo sentimento sendo reacendido. Poderemos acompanhar através destes muitos momentos emocionantes que são regadas a companheirismo entre eles e a maturidade da relação, eles sempre mostram ao outro o lado forte e um pouco do lado frágil, para que juntos consigam contornar os momentos ruins, transformando-os em momentos bons. Com este casal não vemos coisas como ciúme desnecessário, homem/mulher tentando atrapalhar a relação deles ou pais proibindo a relação, é realmente um casal bonito e simples que as vezes tem seus problemas no dia a dia, mas que conseguem passar por eles juntos, sem crises. Além do casal principal, também podemos ver um belo casal sendo apresentado no casal secundário, que é composto por Ah-Reum e Woo Sung. Eles são completos opostos que em um determinado momento se sentem atraídos um pelo outro, e como adultos, resolvem explorar esse sentimento, que muitas vezes causou estranheza e desconforto para eles, e esta reflexão deles de migrarem de amigos para namorados e ser estranho é incrível, já que é um processo de se acostumar com a situação e com o sentimento.

Além destes que citei, ao longo dos episódios vamos sendo apresentadas a muitas reflexões sobre a vida e outros, como quando a Jin Jin é alvo de uma polemica falsa que envolvia um vídeo dela dormindo com um cara, por mais que não fosse ela no vídeo, a Jin Jin faz questão de prender a pessoa que divulgou o vídeo e deixar claro que a culpa não era dela e nem da pessoa que estava no vídeo como diziam, a culpa, na verdade, era da pessoa que compartilhou. A trama levanta muito a questão da injustiça a qual as mulheres são submetidas várias vezes, seja em casa ou no trabalho. Além disso, também veremos o drama tocar em questões como a depressão da irmã da Jin Jin (esse ponto ficou um pouco a mercê da interpretação), o assédio que as aeromoças são sujeitas, a podridão da indústria do entretenimento, traição, novas famílias e outros pontos.

Por mais que eu tenha amado este drama, eu sou uma pessoa EXTREMAMENTE chata ao analisar narrativas de dramas, e vi duas coisinhas que eu reclamaria em 20th (esses pontos são dois que podem ser facilmente ignorados caso queira assistir o drama apenas focando no casal principal e na amizade entre os personagens principais), e os tópicos que tenho ressalvas é o fato de terem deixado algumas coisas bem rasas, coisas que tinham um bom fundamento para serem melhores desenvolvidas, como a vista da Young Shin para o mundo e até mesmo a sua aparição durante a trama, está é uma personagem riquíssima e que tinha muita coisa que poderia ter muitas outras reflexões dentro da vida que ela levava. E o outro é que senti que a narrativa criada para justificar o sumiço da irmã dela foi um pouco rasa demais, eles poderiam ter levantado essa pontuação antes para que houvesse um período maior de desenvolvimento. Ainda assim, gostei da forma que a inseriram na narrativa já traçada para os personagens principais. No mais, acho este drama é bem completo, não há reviravoltas irritantes ou terceira pessoa para atrapalhar a relação, as situações ‘problemáticas’ que inserem, conseguem resolver perfeitamente, e todos os personagens são conectados entre si e com bastante química em cena. ⠀⠀

Para não me alongar mais, terminarei essa pequena resenha indicando que assistam a 20th Century boy and Girls, ele é um drama simples e bonito, que dá para se assistir rápido e se conectar com os personagens de formas inimagináveis. Por ser um drama leve, o indico para assistirem quando estiverem vendo um drama mais pesado, como no meu caso, eu o assisti junto ao final de Youth of may, e esse auxílio do romance, em meio a tristeza que eu estava foi ótimo. Este também é aquele tipo de drama para assistir enquanto almoça ou em semana de prova, já que passa em um piscar de olhos. Agora me falem, vocês já assistiram a este drama? Se sim, o que acharam? Caso não, eu consegui fazer com que ele entre na listinha?

Olá pessoinhas, como estão? Aqui é a Alice para mais um Dialogando! E a resenha desta vez será do drama chinês que é categorizado como comédia romântica, Unforgettable Love/Amor inesquecível, este que contém apenas 24 episódios (+1 extra) e foi produzido pela MGTV, está disponível no Wei Fansub, WeTV Vip, Dramaclub, Infinite Fansub e no canal da MGTV no youtube (pela tradução automática).

Unforgettable love é um romance puro de encher nossos corações de amor, ele vai contar a história de He Qiao Yan que tem um filhinho de 6 anos Xiaobao, e após um acidente traumático seu filho permanece sem dizer nenhuma palavra e tem um temperamento complicado, entretanto, após um encontro do Xiaobao com a psicóloga infantil Yi Yue, ele fixa a ideia de que a quer como sua mãe e faz de tudo para que ela e seu pai fiquem juntos, e no decorrer dos episódios, Yi Yue e He Qiao Yan acabam entrando em um casamento por contrato, o qual gerara um relacionamento lindo que fará com que a gente sorria, chore e se divirta junto a eles, desejando constantemente que eles possam alcançar a sua felicidade.

He Qiao Yan (Miles Wei) é o CEO do Grupo Heshi, uma empresa que mexe com desenvolvimento tecnológico, e esta, foi passada para ele após a morte de seu irmão mais velho, por conta da carga pesada de trabalho, Qiao Yan acaba não dando uma grande atenção para seu filho, ainda assim, o protege e cuida dele com o zelo necessário, e quando vê que seu filho finalmente gostou de alguém, move mundos e fundos para conseguir que a psicóloga, Qin Yi Yue aceite entrar na vida deles e ajudar no processo do seu filho voltar a falar e ser como qualquer outra criança de sua idade. Não precisou de muito tempo de convivência para que He Qiao Yan percebesse que por mais que a Yi Yue seja uma pessoa simples, ela é uma pessoa inesquecível. Através da convivência com ela, ele vê um mundo a qual não está acostumado, é estranho, mas um estranho que ele deseja continuar, e que deseja para si e para seu pequeno menininho.

Qin Yi Yue (Hu Yi Shuan) é uma psicóloga infantil que possui uma personalidade muito alegre, por mais que tenha tido seu momento de tristeza após de ser apunhalada pelas costas, ela logo recupera sua consciência, se mostrando forte e superior. Yi Yue também não é o tipo de mulher que aceita que a coloquem em uma gaiola quando ela é um espírito livre, e por conta disso, o inicio de sua relação com Qiao Yan foi conturbada, mas logo se ‘normaliza’ quando ele entende que não adianta tentar prendê-la. Esta também é uma personagem que mostra sobre o amor materno, ele não precisa ser um vinculo de sangue para que seja verdadeiro, ele precisa apenas do sentimento e este que ela desenvolve pelo pequeno Xiaobao, ela passa a ama-lo e cuidar dele constantemente, fazendo com que cada dia ele evolua mais e entenda mais sobre a felicidade e sobre a família. Seu relacionamento com Qiao Yan não é algo rápido, mas aos poucos ela vai adentrando ao universo dele e aprendendo mais sobre seus gostos e costumes, e de certa forma, ela se adapta a ele da mesma forma que ele se adapta a ela, formando uma rotina e desenvolvendo sentimentos.

Como já disse um pouco anteriormente, o amor entre Qiao Yan e Yi Yue é advindo da convivência e é realmente bonito de se acompanhar já que eles caminham em passos lentos um em direção ao outro, e entre esses passos eles aprendem mais sobre os gostos, as fraquezas, os amores e tudo mais, e acima de tudo, eles apoiam o outro nos momentos necessários mostrando que apesar de terem iniciado com um contrato, eles podem se apoiam. Realmente gostei do desenvolvimento desse casal e de como trabalham o valor da família, sempre colocando a felicidade do Xiaobao em primeiro lugar, entretanto, eles não anulam seus sentimentos, entrando em um consenso que fosse bom para ambos.

Falando em Xiaobao, eu preciso dizer que amei o pequeno He Wei Fei/Xiaobao (Lennon Sun), ele era uma criança muito experta que ajudou a trama andar em muitos aspectos, confesso que vi algumas coisas que a narrativa o fez fazer que eu achava muito estranho para uma criança de sua idade, por mais que dissessem que ele tinha QI elevado, mas isso pode ser facilmente ignorado. Fora que ele era muito fofo, e a todo momento eu queria colocá-lo em um potinho e proteger.

Por mais que a trama gire em torno desses três temos personagens secundários que de muito acrescentam a narrativa, como a melhor amiga da Yi Yue, Yang Ruo Wei (Sheng Hui Zhi), ela é uma mulher forte que não se engana por pouco, acho que é uma das minhas secundárias favoritas, ela era extremamente forte e fez com que o menino se apaixonasse sem mover um dedo, fora que eu achava lindo os foras que ela dava nele e nos outro. Apesar disso, ela é uma personagem que mostra muito sobre as máscaras, ao mesmo tempo que ela é forte tem seus momentos de fraquezas e possui suas questões internas, e para escondê-las, ela usa sua beleza, que aliada à sua personalidade são como sua fantasia. Seu salto é sua arma mortal, que esconde seus machucados internos (não sei se isso fez sentido).

E como seu par, temos o Wen Gu (Jerry Yu), ele é um jovem mulherengo que quando conhece Ruo Wei, se interessa por ela, mas pela primeira vez uma mulher não quer nada com ele, e no decorrer dos episódios acompanharemos o seu crescimento como pessoa, ele perceberá que ter responsabilidade pode ser um peso, mas é um peso que não é tão difícil de carregar, dinheiro e poder não adiantam quando não entendemos as reais necessidades das pessoas que amamos.

A relação destes se iniciou conturbada, e logo eles passaram para colegas de trabalho e por ai foi, mas assim como o casal principal, a convivência faz com que eles se conheçam melhor, o Wen Gu erra por inúmeras vezes pelo fato dele ainda não saber ouvir a Ruo Wei, mas em um simples momento que ele se propõe a conhece-la e ouvir o que ela diz a ele, a relação deles cresce mais se tornando linda, assim como, quando ela se propõe a vê-lo como ele realmente é, encontra uma joia a ser lapidada.

A trama também possui aqueles elementos clichês como personagens que gostam dos personagens principais, e neste temos o Ning Feng que gosta da Yi Yue e a Lin Wei que precisa casar com o Qiao Yan, confesso que inicialmente me irritei com tal inserção, não tanto com o Ning feng já que ele não é aquele tipo que vê a necessidade de estragar com o relacionamento da menina que gosta e possui um ‘bom’ relacionamento com o Qiao Yan (inclusive, aquela cena deles no elevador, eu confesso que shippei rapidamente esses dois kkk). Já a Lin Wei eles inserem ela como uma pessoa que “faria de tudo” para atingir o objetivo que lhe foi imposto, mas o decorrer dos episódios podemos perceber as questões internas dessa personagem e como ela foi imposta a uma pressão tão forte a ponto de desenvolver ansiedade. E por fim, acabamos gostando dela e desejando que ela possa feliz, coisa que ela só é quando se solta da coleira que a sua família tinha a colocado.

Bom, esse é um romance simples e não há muito a ser dito, por mais que eu tenha que me incomodado com alguns pontos (os quais não citarei pois falei que assisti com meu modo critico “desligado”), eles não sobrepõe os pontos positivos que a trama possui, como as musicas viciantes, as amizades bonitas, o Xiaobao dando seu show de fofura e outros. Além da pura comédia romântica, veremos um leve mistério acontecendo, não é algo grandioso, mas é um tópico que traz algumas emoções fortes para a trama. Outra coisa que também é tratada na trama é a questão das consequências que alguns acidentes podem causar, como a culpa, o bloqueio da memória, ou até mesmo, fazer com que a pessoa se feche, no caso do pequeno Xiaobao, ele passa anos sem falar, até que finalmente encontre uma pessoa que dê a ele a segurança que ele necessita para finalmente tentar novamente.

Um ponto a ser elogiado da trama além da fotografia e das osts, são as atuações, gosto muito de quando os atores conseguem atuar também seus olhares e neste drama eles entregam muito disso, fazendo com que através deles vejamos as aflições, os amores, os desejos e especialmente, a felicidade que eles podem transpor. E com isso, elogio principalmente a atuação do Miles, pois foi um dos quais eu mais consegui ver isso, principalmente o seu transtorno em alguns momentos.

Como é uma comédia romântica, acredito que não há muito que eu possa dizer sobre, este não é um drama que entrará no meu top 3 de chineses favoritos, mas ele é realmente um clichê bom para passar o tempo ou intercalar com algo mais ‘pesado’, pois ele nos remete a uma leveza e da um sentimento gostoso de frescor e felicidade. Para quem está à procura de um drama simples e rápido de assistir, acho que este pode ser a escolha certa!

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Olá doramigxs, como vão? Aqui é a Alice e voltei com mais uma resenha para vocês. O Dialogando de hoje será do drama coreano “Imitation” que foi produzido pela emissora sul-coreana KBS2 e contém apenas 12 episódios, estes que estão disponíveis para assistirem no no Viki Plus, Kocowa Pass, Drama Fansubs, Kingdom Fansubs, Fighting Fansub, Dramaclub, Star Dramas Fansub (telegram) e Dorameiras On (telegram). Imitation é um drama adaptado de uma webtoon que possui o mesmo título. Sem mais delongas, bora para essa resenha (a qual imagino que não será extensa).

Imitation é um drama que contará um pouco sobre a vida dos aspirantes a idols em sua batalha para chegarem ao topo, bem como, contará sobre como são suas vidas quando alcançam seu sucesso tão aguardado. Em meio a isto, a trama discorre sobre como a indústria do entretenimento pode ser cruel com aqueles que habitam nela, e o quanto interações e/ou situações não são aquilo que aparentam ser, principalmente quando envolvem famosos, pois a partir do momento que entram nessa indústria, eles colocam uma máscara que faz deles um mero personagem e são poucas pessoas que conhecem a sua verdadeira personalidade, seus fãs conhecem apenas aquilo que a sua empresa quer que eles saibam. Estes aspectos e alguns outros que comentarei ao longo da resenha são apresentados dentro de personagens principais e secundários, estes que lutam para proteger seus grupos, carreiras, e principalmente, proteger a si mesma do mundo cruel.

Lee Ma-ha (Jung Ji-so) é uma jovem resiliente que mesmo que sua vida não esteja como ela deseja, ela se mantém firme até o último momento. Mesmo quando teve seu sonho de estrear com o OMEGA-3 (grupo que ela tinha junto a Ri-a e Hyun Ji) sendo interrompido abruptamente, ela não desiste, pois ela tem um forte desejo de se tornar uma estrela, e tudo que estiver em sua capacidade ela faz sem se importar, e muitas vezes é sujeitada a um papel que não é de seu agrado, mas ainda assim, o faz com um sorriso no rosto. E toda sua garra é recompensada, pois aos poucos a sua vida vai tomando o caminho desejado, mostrando que quando você luta por algo que deseja isso acontecerá. Tenho que dizer que gostei muito dessa personagem, eu normalmente tenho tendência a não gostar dessas personagens “inocentes demais”, mas a meu ver, a Ma-ha sobrepõe essa definição, ela sofreu bastante durante a vida e mesmo assim batalhou por seu sonho e não se deixou abalar com toda turbulência que sofreu em sua vida, e continuou a ser uma pessoa doce que tinha muito para contar. Aliás, eu acredito que ela podia fazer muito mais se a trama tivesse mais episódios, porém, com os poucos que tiveram pudemos vê-la com uma menina guerreira muito doce.

Kwon Ryok (Lee Jun-young) é um jovem idol que obteve sua fama com o grupo SHAX. Ryok é uma pessoa conhecida pela mídia por ter uma personalidade fria, esta, que é exatamente o personagem que sua empresa constrói para ele, bom, não só a empresa, todas as coisas que ele vive até ali moldam quem ele estava se tornando, mas logo vamos vê-lo abaixar a sua máscara e deixar com que a pessoa afável que habitava nele se fazer presente. Ele era uma pessoa que necessitava de alguém que despertasse o "eu" dele que o mesmo já tinha desistido há muito tempo, e a responsável por este feito foi nossa Ma-ha, que faz com que ele se recorde do seu lado adormecido ao mostrar os motivos de ter iniciado sua carreira, e o quanto ele gostava do que fazia". Com ele vemos o peso de ser uma pessoa pública, o qual, o famoso é visto como um objeto e/ou propriedade.

Sobre o relacionamento amoroso entre Ma-ha e Ryok, preciso dizer que achei bem bonito, pois o drama apresenta aos poucos a ligação deles no presente e no passado, e vai mostrando aos poucos sobre o sentimento de um pelo outro, mostrando que não é algo recente, e sim, algo antigo que estava adormecido em ambos. Também vemos eles apoiando um a carreira do outro e que apesar das provações que eles precisam passar para manter seu relacionamento, o fato deles se gostarem é bem maior e mais valido do que qualquer outro ponto. Ademais, confesso que gostei mais da relação dele antes do término do que depois deles terem reatado, parece que o drama focou tanto neste ponto da separação que acabou perdendo tempo para desenvolver tópicos mais importantes e interessantes, deste modo, o casal na minha visão acaba perdendo um pouco do seu brilho inicial. No mais, eles possuem uma relação tranquila, com muitas trocas de olhares e momentos fofos.

La Ri-ma (Park Ji-yeon) é uma idol solista que se mantém no topo das paradas por muito tempo e é o exemplo de muitas trainees, atrás de sua fachada de pessoa ‘fria’, roupas ‘curtas’ e maquiagem marcante, La Ri-ma esconde uma jovem carinhosa e preocupada que quer todas as jovens possam ter a chance de brilhar, assim como ela teve a sua. Inicialmente ela pode ser confundida como uma forma de empecilho para o casal ou apenas uma idol chata que implicaria com a Ma-ha, entretanto, veremos que ela é bem mais do que isso. Ri-ma é uma pessoa de alma corajosa e justa, ela não aceita com que as pessoas se submetam a coisas que não são necessárias. Essa personagem foi uma das quais mais gostei neste drama, porque ela foi justa com todos, quando precisou mudar de empresa ela procurou entrar em uma que aceitasse as trainees que ajudava ocasionalmente, bem como, esta é uma personagem que não causa discórdia, e sempre tenta manter a paz e muitas vezes, por ela sempre estar com a feição “fechada/fria” ela pode ser mal interpretada.

Não menos importante, temos Yu-Jin (Jeong Yun Ho) ele é idol que ainda está começando a fazer sucesso e é extremamente esforçado, com isso, ele sempre é elogiado. Ele é uma pessoa terna e calma que gosta sempre de manter a calma e a paz independente da situação. Por muito tempo durante a trama, veremos ele caminhando ao lado de sua amiga de longa data, Ma-ha, até que resolve seguir em frente sozinho (não no sentido de acabar a amizade, e sim, de viver a própria vida sem ficar pensando na amiga). Quem acompanhou Imitation junto comigo, sabe que em todas as minhas impressões eu dizia que esse personagem era um ‘ok’ entre os meus outros (personagem ‘ok’ é aquele que eu simplesmente não me importo se aparece ou não no episódios, e muitas vezes, eu acredito que estes não movimentem a trama), e terminei o drama com este mesmo sentimento pois não vi muito sobre ele, contudo, no pouco que vi, percebi nele muito sobre maturidade em relações profissionais, amorosas e de amizade, bem como, pude ver muito sobre o quão longe o nosso esforço pode nos levar, e tudo depende inteiramente da gente.

Junto aos nossos personagens principais Ma-ha, Ryoc, Yu Jin e Ri-ma, teremos os integrantes dos grupos deles, sendo estes Tea Party (Membros Ri-a e a Hyun Ji), SHAX (Membros: Kang Lee Hyun, Yoon Hyuk, Han Jaw Won, Bang Do Jin e “Eun Jo”) e Sparkling (Membros: Hyun Oh, Nam Se Young e Min Soo). De certa forma, todos esses personagens estão interligados, até mesmo aqueles que tiveram pouco tempo de tela, pois todos estão dentro da grande indústria de entretenimento sul-coreana, e ocasionalmente, se encontravam em bastidores, programas de tv e/ou em outros trabalhos externos, e por conta disso, todos acabam sendo importantes para a construção desta narrativa.

SHAX

Tea Party

Sparkling

Como já dito, Imitation é um drama que contará sobre a indústria do entretenimento e seus pontos positivos e negativos, sendo os negativos os principais tópicos deste. Poderemos ver ao decorrer dos episódios o quão difícil é para entrar na indústria, bem como, poderemos ver a pressão e ansiedade que os trainees vivem enquanto aguardam o seu momento ao sol, por muitas vezes, todo esse caminho turbulento ao sucesso acaba sendo um fardo mais forte do que a pessoa pode carregar, e este ponto veremos o drama apresentar dentro da história que é usada como pano de fundo durante todos os episódios que é em relação ao suicídio da idol que ocorre no primeiro episódio. Além destes, também veremos eles citarem sobre as fãs que tratam seus ídolos como sua propriedade e sobre como as aparências podem nos enganar. Mas não é só de pontos negativos do entretenimento que o drama trata, também veremos eles mostrarem o apoio incondicional entre amigos, a família que que os membros dos grupos acabam formando, e principalmente, mostram o valor da música neste meio, e o quanto ela é capaz de nos aproximar daqueles que não conhecemos apenas por este gosto em comum.

Eu gostei muito de muitas das coisas tratadas neste drama, primeiramente, eu amei as músicas (inclusive, escrevi esta resenha ao som de ‘Show me’ do Tea Party – essa música é viciante), elas conseguiam tocar no ponto certo e ficam gravadas na mente, também gostei muito de como retratam o dia-a-dia dos idols e as amizades, mostrando como os desentendimentos entre amigos e companheiros de grupo são coisas comuns, ninguém se dará bem o tempo todo. A trama também toca em temas importantes, como o desgaste mental dos idols, o quanto as fofocas podem correr rápidas e se iniciam sem pretextos, o fato da indústria (e os fãs) tratarem os idols como objetos que podem ser descartáveis, as fãs tóxicas que acham que mandam na vida pessoal dos idols, a forma que os idols se cobram e tristemente se comparam com seus amigos. Também veremos o drama discorrer sobre os pré-julgamentos com as fãs do SHAX, no inicio do drama quando elas veem as meninas do Tea Party elas não gostavam delas, principalmente da Ma-ha, e sempre que podiam deixavam isso claro, entretanto, aos poucos as meninas vão conquistando elas com o carisma, e quando chega no final, podemos vê-las vibrando ao som de ‘SHOW ME”.

Contudo, este drama também contém muitos pontos que não deixam colocá-lo entre meus minidramas favoritos, compreendo o fato deste ser um drama de apenas 12 episódios e com um roteiro curto para poder abranger muitas cenas, e ele cumpre muito bem seu papel de entreter, divertir e informar, entretanto, eu senti que muitos tópicos foram mal explorados e/ou foram poucos explorados quando tinham o potencial de uma grande reflexão, como a relação do Eun-jo e da Annie, senti que poderiam ter dado uma brecha maior a este caso, pois carregavam uma reflexão sobre o peso da fama, o suicídio, o caminho turbulento e muitas outras coisas que poderiam ter sido exploradas. Outro ponto que tenho a reclamar, que já comentei um pouco em alguns parágrafos acima, é o termino do casal, achei meio sem sentido, pois a partir do momento que iniciaram, eles já sabiam o risco para terminar por algo tão pouco, senti que a trama queria iniciar algum tipo de clímax que não foi muito bem planejado, e que não havia a necessidade, eu acredito que se eles tivessem deixado sem o termino, teriam outros assuntos mais interessantes para discorrerem. Ainda tenho mais alguns pontos de reclamação, mas terminarei falando sobre um ponto muito pessoal meu que é sobre os casais secundários, sinceramente não vi muita química entre Yu-Jin e Hyun Ji, pois me parece que ele só aceitou o amor da menina já que até então ele não tinha dado nenhum indicio, sim ele sempre ia atrás dela, mas era para  falar algo relacionado a Ma-ha, já o outro casal com a Ri-a e o membro do SHAX senti uma química muito forte e eu queria muito que eles tivessem desenvolvido estes.

Elenco reunido

Terminarei esta resenha dizendo que gostei muito deste drama, ele é leve e fofo, um drama ideal para se maratonar e que com toda certeza marcara a sua vida de alguma forma, ao menos, seu aplicativo de músicas terá ao menos uma música deles pois todas são viciantes. O drama perfeitamente mostra o quão bom é ter amigos para nos divertir e compartilhar os nossos momentos, os momentos tristes sempre estarão presentes na nossa vida e eles fazem parte, o importante é saber contornar estes e nos descobrirmos mais fortes do que aparentamos,  a música é capaz de conquistar almas tristes e torna-las felizes, assim como um sorriso sincero.

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