Resenha de Doom at your service (K-drama)

julho 03, 2021



Olá! Tudo bem com todo mundo? Brenda aqui, hoje vou resenhar um dos meus dramas queridinhos do ano! Com meu casal favorito do ano, o drama que eu enchi vocês de tirinhas e spoilers, o amado Doom at your service ou Desgraça ao seu dispor (palmas pfvr), com 16 episódios que podem ser assistidos no Dramafansub (app e site), Magicdramafansub, no Viki ( no plano standard) e em outros lugares da dramaland.

E se fossemos como plantas no jardim da vida? E se como componentes desse jardim tivéssemos que fazer o possível para crescer, para sermos bem cuidados? E se o jardim que fazemos morada não é composto só de belas cores e aromas agradáveis? E se existir alguém que cuida desse jardim? O que faríamos? Doom at your service sucinta essas e tantas outras questões e hoje irei tentar explicar um pouco delas nessa resenha, ou melhor, texto reflexivo sobre o kdrama. Vocês (que não assistiram) podem não entender o que o jardim/ a vida/ as flores e a desgraça tem a ver com tudo isso nesse primeiro momento, mas ao embarcar nessa jornada comigo espero que perceba, e que eu seja clara o suficiente para que percebam, a preciosidade que é esse drama.

Antes de entrar nas minhas opiniões e intepretações sobre Doom at your service, preciso dizer do que o mesmo se trata, não é? Bem, como o título diz o Kdrama acontece quando a desgraça, em carne e osso (ou não né?), bate à porta da protagonista. Veja só, Tak Dong Kyung está desgraçada! (não aguentei o trocadilho, perdão kk), mas, enfim, a Dong Kyung, interpretada pela Park Bo Young, recebe o diagnóstico de glioblastoma, um tumor no cérebro, e tem apenas três meses de vida por aí.  Como a vida não anda bem mesmo e ela não vai conseguir viver, a mesma grita a plenos pulmões desejando que o mundo seja destruído, só que ninguém que faz um desejo bêbada espera que a desgraça em pessoa bata a sua porta, peça pra entrar e diga que vai realizar o pedido.

A desgraça aqui em Doom at your service tem nome, endereço e beleza, Myul Mang, interpretado pelo Seo in guk, é responsável por todas as coisas que desaparecem, pela destruição, ao bater na porta de nossa querida e já desgraçada Dong Kyung ele tem o intuito de cumprir o pedido da divindade de realizar um desejo humano e de quebra ainda conseguir o sonho de que o mundo seja destruído.  Só que a protagonista não estar muito à vontade com essa ideia de destruir o mundo não, mas... Myul Mang insiste no desejo e propõe um acordo para a mocinha, Dong Kyung tem que pedir para Myul Mang destruir o mundo em 3 meses (antes de morrer da doença), em troca ele vai garantir mais um desejo a jovem e que ela não sinta nenhuma dor decorrente dos sintomas do Glioblastoma. No entanto, nesse acordo fechado pelos dois existe uma penalidade, se a Dong Kyung não pedir para ele destruir o mundo, a pessoa que ela mais ama naquele momento vai morrer no lugar dela. É isso, agora fazendo um tom de suspense, devo perguntar: O que será que Dong Kyung vai fazer depois de ter dado as mãos para a própria desgraça?



Como já deve ter ficado beeem óbvio, Doom at your service é uma fantasia, mas não é uma fantasia comum ao meu ver, quer dizer, os elementos fantasiosos estão lá como a desgraça em forma de pessoa ou o fato de na própria trama existir uma divindade suprema que cuida de todos os seres humanos na forma de uma menina, mas, indo além desses aspectos, quando olho D.A.Y.S (forma carinhosa de abreviar o drama) de forma geral vejo muito mais como uma história lírica, poética e romântica do que uma fantasia propriamente dita.

Tudo isso porque o drama não se concentra em criar um universo fantasioso rico em detalhes, criaturas ou explicações longas, a fantasia é o elemento que adiciona beleza a grande metáfora que é o kdrama, ele pode até parecer com as fantasias normais que vemos por aí, mas para minha pessoa todos enlaces que a trama faz é usando a fantasia para nos mostrar como aceitar a realidade sem fantasia.  Sobre como aceitar a realidade. D.A.Y.S anda em um mundo fantasioso para fazer pensarmos o quão rica nossa realidade é, o quanto podemos aprender com ela. Talvez seja por isso que o drama, ao não estabelecer um universo fantasioso rico em detalhes, mas rico em metáforas, confunde muita gente por aí e fez muita gente que não entendeu a trama classificar a mesma de maneira baixa. A história quer contar o amor entre um humano e um ser imortal sim, no entanto, indo muito além disso, quer sussurrar (ou gritar para nós) como é ser humano, como é viver, isto é, como é a sensação de estar inserido no jardim da vida pode ser.

A divindidade, intepretada pela Hyun Seung Min, na forma de uma garota do Ensino médio.


A trama utiliza a analogia de que cada um dos seres humanos é como plantinhas no jardim que a divindade toma de conta. Na fantasia de D.A.Y.S a divindade é o jardineiro que planta, rega e espera de todo o coração as plantinhas crescerem, e toma forma na figura de uma garota do ensino médio que só vive doente por conta do peso do mundo, durante boa parte da história é possível que o telespectador se sinta perdido com os planos da divindade e até mesmo que se irrita com a mesma, mas quando você chega no final e olha para trás entende tudo. Logo, se a divindade é o jardineiro, cada personagem em Doom at your service precisa ser visualizado como uma planta que está sendo cultivada, que talvez esteja prestes a crescer mais, a nascer ou estagnada, até mesmo que esteja infestada de pragas ou não aguentando o clima, com as raízes secas, ou em estado terminal.

Tak Dong Kyung intepretada pela maravilhosa Park Bo Young.


Veja o caso da nossa protagonista Tak Dong Kyung, ela é uma planta em estado terminal, está prestes a morrer, mas seu interior já estava ruim há algum tempo, isto é, a mesma já estava desmoronando muito antes do diagnóstico da doença, por mais que tivesse a graça de estar viva e saudável no passado, os seus dias não tinham brilho, como planta ela estava em um inverno frio em que não conseguia sentir sol para poder crescer. Mesmo com a capacidade de sentir, inerente a todos os seres humanos, reprimia muitos dos seus sentimentos, não conseguindo extravasar, e assim, estava caindo na escuridão. O glioblastoma vem como uma constatação do estado físico que Dong Kyung estava, mas também marca um ponto de virada na vida da personagem, afinal, a maioria dos seres humanos vivem sua vida como se não fossem morrer e por isso vivem de forma péssima, só sobrevivendo, empurrando um dia após o outro com a barriga, mas e se de repente você se desse conta de maneira palpável que a vida vai terminar? Voltando para a figura de linguagem do jardim e das plantas, e se você se desse conta de o inverno vai ser tão forte que suas raízes e folhas não vão suportar e morrer?  E se você percebe nesse processo que não fez o máximo, como uma plantinha, para receber os nutrientes que foram dados?

O que quero dizer é que D.A.Y.S nos oferece uma bonita e importante visualização do processo de crescimento da personagem principal, como uma planta que vai florescendo, vemos como a protagonista lida com eminente doença, seus sentimentos que estavam tão sombrios, confusos e sem vida, é interessante acompanhar todas as crises internas que Dong Kyung passa, suas mudanças na forma de lidar com o mundo, sua postura que se torna mais altiva, parece que o glioblastoma na vida dela proporcionou mais coragem e vontade para viver. Percebemos que a personagem vive melhor depois de sentir que vida tem fim, que as coisas desaparecem, e não porque são feias e erradas, mas porque são lindas, porque tudo um dia desaparece e cada detalhe da vida é lindo.

Na verdade, o drama oferece uma curiosa correlação, pois, a vida de Dong Kyung muda e o processo de crescimento começa porque ela encontrou a desgraça, materialmente e imaterialmente, essa aproximação advém com a nítida mensagem que a história apresenta ao longo dos episódios, afinal, ter a desgraça ao lado não significa propriamente um evento incomum ou até mesmo ruim, muito pelo contrário, é o normal da vida, as coisas que você perde na vida te preparam para os ganhos do futuro, é preciso aprender a conviver com a desgraça, aceitar a desgraça, para assim, ficar mais forte, suportar o inverno para na primavera florescer. D.A.Y.S através da trajetória da Dong Kyung ensina que viver é lidar com a esperança e desesperança com o medo e com a morte, é não ter medo dos dias chuvosos e aproveitar o máximo cada um deles, correr sem se preocupar, encontrando em si mesmo e nos outros a força necessária para lutar pela vida . Em suma, é bom dar as mãos para a desgraça, mas não para afundar na escuridão dela, mas para transformá-la positivamente. Miséria e felicidade andam juntas.

Myul Mang, também conhecido como Kim Sa Ram, intepretado pelo Seo in Guk.


Mas e a desgraça? O que podemos ver e aprender com o personagem do Myul Mang? O nosso querido, responsável por todas as coisas que desaparecem, pelo inverno, pela escuridão e morte, é uma borboleta que voa sobre as flores do jardim da divindade, basicamente, ele mantém o equilíbrio no jardim para que as flores possam nascer e se desenvolver. Myul Mang também é um tipo de divindade, e com isso, ele precisa conviver constantemente com a solidão e escuridão, como uma borboleta que vaga sozinha no meio de tantas plantas, ele se sente quase como perdido, frustrado e raivoso por não poder ser uma planta também. Percebo no Myul Mang desde o início do drama essa raiva pelos humanos pois ele não os compreende, por mais que nossa desgraça possa ouvir o que os humanos pensam e veja suas ações, ela nunca sentiu o que os humanos sentem, ele sempre esteve no seu lugar de borboleta. Como o drama bem mostra, ele não come, não dorme, não bebe, ele não está realmente vivo.



Assim, a trajetória do Myul Mang é a mais bonita da trama ao meu ver, pois denota uma borboleta deixando de ser borboleta, saindo da solidão e olhando ao redor, para seus próprios sentimentos e situações, uma evolução gritante. Afinal, não é por ser a desgraça que a desgraça não sente o peso das misérias, ao contrário, ela sente mais do que qualquer outro, mas não é porque seja a desgraça que não exista um ponto de luz nela, um desejo de deixar de ser inverno e acolher a primavera. O drama parte da noção que a desgraça também precisa dar a mão para alguém e no caso da trama é crescer, ser regada e cultivar sentimentos, a jornada do personagem é essa experimentação de novos sentimentos, as cenas que ele começa a observar a Dong Kyung e perceber suas necessidades e sentimentos é uma forma dele absorver e entender cada parte da humanidade. Com isso, aprendemos muito com o personagem sobre a humanidade também, o presente que é ser um humano e poder sentir a vida nas suas imensidões de cores. Myul Mang não é apenas uma borboleta, mas uma plantinha que está prestes a nascer e nos mostra o peso de viver em um mundo em que não se é aceito, compreendido e amado, já que D.A.Y.S também ensina que para uma planta nascer e florescer ela precisa ser amada, e amar também, ser regada com cuidado e paciência, acumular para explodir em vida, ser nomeado e chamado para se transformar.

Logo, amar a desgraça traz brilho para o mundo da Dong Kyung, mas também traz brilho para o mundo da própria desgraça. D.A.Y.S tem um casal espetacular que junta uma planta que está prestes a nascer e crescer e uma planta que está prestes a morrer e ambas aprendem muito juntas, sobre a vida e a morte, mas, sobretudo, sobre a força do amor. Veja só, Dong Kyung é como a primavera no inverno frio da vida de Myul Mang, em uma vida sem sentido, a personagem aparece e oferece sentimentos, nome já que nomear é uma forma de reconhecer a existência e criar um vínculo, uma família, bem como todas as cores que vem com a primavera e ele também oferece para Dong Kyung, a possibilidade de desejar viver, de ter um lugar para liberar seus sentimentos, de lidar com os infortúnios. O casal nos mostra que amar as coisas belas, não significa que elas sejam perfeitas, o belo não é perfeito, mas é no ordinário onde a beleza se encontra, aquilo que perdura no tempo e se reencontra. O amor da Dong Kyung e do Myul Mang é tão lindo, não apenas porque eles nos dão um verdadeiro show de química, mas também porque nos evidencia que amar na felicidade, só quando as flores estão floridas é um falso amor, amar nas dificuldades, naqueles momentos que a planta está infestada ou doente ou com as raízes secas, é o verdadeiro amor, é o caminho difícil, mas belo que ambos os personagens como casal trilham.



Justamente por isso, são meu casal favorito de 2021 até agora, porque suas interações são repletas de amor e poesia, pois expressam a dor e a felicidade, fazem rir e chorar, são absolutamente divertidos juntos. Aliás, um aspecto interessante que lembrei agora de mencionar sobre o casal é como a história constrói o entrelaçamento do destino no amor dos personagens, inclusive acredito que o fato do Myul Mang dar uma pulseira vermelha para a Dong Kyung, para marcar o acordo dos dois, faz referência a lenda do Aka ito, já que a mesma é sobre o fio vermelho do destino, denotando que “no momento do nascimento, os deuses amarram uma corda vermelha invisível nos tornozelos daqueles que estão predestinados a tornarem-se “almas gêmeas”. Deste modo, aconteça o que acontecer, passe o tempo que passar as duas pessoas que estiverem interligadas, fatalmente irão se encontrar”.  Para concluir esses parágrafos sobre esse casal que amo e que nos entregou tudo, afirmo que o destino na vida deles mostra que um é a casa do outro, o que me lembra que o próprio fato da casa deles se juntarem quando eles vão morar juntos se tornando duas dimensões diferentes comprova isso, apesar de diferentes o mundo deles está unido.

No entanto, ainda estou viajando em torno da metáfora do jardim, e necessito comentar dos outros personagens. Em Doom at your service temos também um triângulo amoroso formado pela amiga da protagonista chamada Ji Na, o editor Joo Ik e o primeiro amor da Ji Na chamado Lee hyun kyu. Não costumo gostar de triângulos amorosos, então, não posso dizer que amei esse, mas  não tive graves crises de irritação, acredito que a forma como a história usou o triângulo para o crescimento dos personagens foi o melhor ganho, existiu uma certa enrolação, mas gostei do desenrolar dos acontecimentos.

Na Ji Na intepretada pela Shin Don Hyun.


Vejo a Ji Na como uma planta que está estagnada no processo de crescimento, ela é uma escritora e teve um amor na adolescência que marcou sua trajetória, até hoje escreve romances se baseando nesse amor e não consegue crescer e abandonar esses sentimentos do passado, em grande parte porque esse primeiro amor é uma questão não resolvida, ela parou no tempo e estagnou. Ji Na é uma personagem confusa e lerda, como a maioria das mocinhas dos triângulos amorosos, mas é interessante acompanhar ela se libertando e crescendo, ou pelo menos se permitindo fazer as pazes com seu interior, percebendo suas vontades e mudanças. O processo da Ji Na é de uma planta que estagnou mas que volta a crescer, que percebe o lugar onde pertence, que o hoje é o melhor lugar para se estar, as vezes a planta não cresce pois está sendo regada de forma errada, porque não está sendo cuidada de acordo com o transcorrer das estações.

Lee Hyun Kyun intepretado pelo Kang Tae Oh.


O Hyun Kyun, primeiro amor da Ji Na, como uma planta ele é aquele que permaneceu um broto, digo isso pois ele sempre foi imaturo, dependente das outras pessoas e fugiu diante dos problemas. A jornada do Hyun Kyun no drama evidencia a importância de amadurecer, de ser mais do que um broto, não adianta apenas nascer e não crescer, como uma planta pode enfeitar o jardim com suas cores se ela não floresce? Gosto do processo de reconhecer seus erros, de perceber que as coisas mudam, que o personagem passa, apesar das atitudes dele ter me irritado, no fim gostei de sua trajetória.

Cha Joo Ik interpretado pelo Lee soo Hyuk.

O Joo Ik é um editor que trabalha na mesma editora que a Ji Na tem contrato, mas, além disso, ele que deu o primeiro beijo na protagonista e é o melhor amigo do Hyun Kyu. É difícil descrever o que o Joo Ik é, ao contrário do Hyun kyu que enrola mais e é mais extrovertido, o editor é mais calmo, reservado e bem direto. Interpreto ele como uma planta que apesar de estar crescida tem alguns problemas em seu caule e folhas, alguns sentimentos que o incomodam e que ele demora a compreender e externalizar. Eu só adoro o quão direto esse personagem é, apesar de ele ter dado sim algumas mancadas, é aquela frase de “só errou porque estava tentando acertar” kkk, perceba que shippo a Ji Na com ele (KKK).

Outro aspecto que muito me agrada em Doom at your service é o dorama ser bem equilibrado no sentido que nada é demais, existe suas doses de tristeza, mas a trama também tem muito alívio cômico, o ritmo da história ficou muito bom. Adoro o tipo de humor que o kdrama utiliza, aquele que tem uma dose de desilusão, cheio de sarcasmo nas falas, principalmente no personagem do Myul Mang, que é um tanto cínico e desgostoso do mundo de forma mais acentuada no início da história, como a própria Dong Kyung diz ele é um idiota, mas fofo. A Dong Kyung tem muito desse senso de humor também, ela é uma personagem imprevisível, e como é interpretada pela Bo Young, irradia um brilho próprio, adoro o jeito que ela corta e responde na hora as falas do Myul Mang. A relação deles é bem madura, conversam muito sobre os empecilhos e se apoiam mutuamente, um querendo dar a vida ao outro. Em relação aos personagens, gosto muito também do irmão da Dong Kyung que vai ganhando maturidade e crescendo também ao saber do diagnóstico da irmã. Em suma, é bonito como todas as pessoas que amam a Dong Kyung formam um vinculo de grande família, até mesmo os personagens que aparecem de vez em quando na trama, como os escritores, criam uma sensação de conforto e diversão.

Ademais, outro ponto que absolutamente amo no kdrama são todos os aspectos técnicos da história. A trilha sonora do drama é absolutamente linda, escrevo enquanto ouço e não posso deixar de me encantar a cada vez que ouço essas músicas, elas se encaixam perfeitamente com a história dos personagens, passam a emoção necessária de cada momento e até agora tenho dificuldades para escolher a favorita, mas acho que é Breaking Down. Está com certeza no top 3 trilhas sonoras favoritas de kdramas da vida.

Outrossim, amo o trabalho que fizeram na fotografia do drama e nas cenas que requerem edição (teve ter um nome para isso), a obra tem muitas cenas na praia e não poderiam ser mais lindas, e o que foi aquela cena no jardim dele? Quando ela caminha e o tudo era cinza fica colorido, é uma das minhas cenas favoritas da vida, pode ter certeza. Aí, eu tenho muitas cenas que amo no drama! E que só comprovam o primor que é, como eles pensarão em cada detalhe, como a riqueza da obra está nos pormenores, aliás, perceba que o drama transcorre do inverno para a primavera, no episódio final, denotando que os personagens floresceram. Aliás, as atuações não poderiam ser diferentes, a Park Bo Young e o Seo in Guk arrasaram tanto, sabe estou escrevendo esse texto bem feliz em tecer esses vários elogios, pois, esperei D.A.Y.S lançar desde o momento que os dois atores ainda estavam analisando a proposta e fico feliz por ter sido o show de química, emoção e atuação que eu pensei que seria. Eles expressaram tão bem cada uma dos sentimentos dos personagens, os diversos risos e choros.

Tirinha da cena mencionada acima em que Dong Kyung vai em direção ao Myul Mang e o jardim dele fica colorido.


Cada vez que penso mais no conjunto da obra que é Doom at your service mais eu amo a história, no que se refere ao episódio final vejo o mesmo como um final perfeito para mim e coerente com tudo que a história apresentou, na verdade eu até disse nos stories, é meu final preferido de 2021. Não só porque é um final feliz, mas pelo fato dele não ser complicado, não coloca inúmeras reviravoltas para serem resolvidas, não tem drama excessivo, é um final que acalma o coração que foi tão perturbado durante a jornada de assistir o drama, eu veria esse final milhões de vezes, pois ele emana energias boas. Fiquei tão feliz com isso, pois em tempos tão doidos, uma história que finaliza com tamanha positividade, e também com coerência, revitaliza nossos dias, os personagens chegam na primavera e nós sentimos o vento e o aroma das flores que cresceram e que a vida deles continua dali. É por isso que é simples e não precisa de grandes alardes, por isso que é bonito.

Além disso, enquanto assistia o drama não pude deixar de pensar no poder das nossas escolhas, no quanto a vida é composta de escolhas, cada pequena decisão que você toma tem um efeito enorme em sua vida, afinal, como você está escolhendo cada dia viver sua vida? Suas decisões fazem bem para você e para as pessoas? Como uma planta, você está só esperando o jardineiro regar e dar os nutrientes ou você também está se esforçando para receber da melhor forma possível eles? Isto é, os personagens engendram uma série de escolhas que moldam o final deles na trama, que fortalecem suas raízes, que o permitem florescer, que os ensinam e nos ensinam a confiar na esperança, que a primavera chegará, que as pausas e a espera são necessárias, que um novo começo vai vim e que  viver cada dia como se fosse uma eternidade cheia de descobertas é necessário.

Não posso expressar a intensidade que o drama ressoou em mim com todas as suas mensagens, Doom at your service me mostrou que a desgraça pode bater a nossa porta na vida em muitos momentos, devemos aceitar a desgraça, não de forma inerte, sem fazer nada, mas aceitar que desgraças acontecem na vida e que a própria desgraça pode ser modificada.O momento cheio de infortúnios pode se tornar em uma boa sorte no futuro, ele tem um lado positivo que você pode não perceber agora mas no futuro vai. O que marca nossa jornada é nossa vontade de viver, de sentir e de usar todas as nossas capacidades como seres humanos que nos foi dada, tentando o melhor. Os desejos que cultivamos são combustíveis para uma nova forma de viver, para viver de forma vívida, como uma planta, que ainda tem muito a crescer e aprender, qual o desejo de sua vida? D.A.Y.S diz para você desejar, não ter medo de se molhar, e correr atrás deles, vamos amar cada parte de nossa jornada e nos tornarmos plantinhas crescidas e saudáveis, que fincam suas raízes no viver em toda sua totalidade.

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