Resenha de Love Scene Number (kdrama)

junho 23, 2021

 


Olá pessoinhas, como vocês estão? Espero que bem! Bom, hoje eu, Alice, estou aqui para mais uma resenha do Dialogando, como estou na vibe de dramas pequenos e simples, este é um deles. O drama a ser resenhado é o minidrama sul-coreano ‘Love Scene Number’, que foi produzido ela emissora MBC, contém apenas 8 episódios (de 60 minutos cada) e está disponível para ser assistido através do Drama Fansubs (site e app), Viki Plus e Kocowa (acho que está pago lá). Além disso, este drama possui a classificação de +18, pois contém violência, palavrões e outras coisas.

Este minidrama possui um formato diferente aos outros, os oito episódios são divididos em quatro histórias diferentes (dois episódios para cada uma), e durante essas histórias veremos quatro mulheres em idades e personalidades diferentes, passando pelas turbulências de suas escolhas de ações, e principalmente, as veremos caminhar por seus trajetos amorosos e pessoais. Além disso, o drama trará reflexões por meio das ações delas.

A personagem que comanda os episódios 1 e 2, é Do Ah, ela é uma jovem de 23 anos que tem dificuldades de lidar com os seus sentimentos e por conta disso tende a fugir e ‘atacar’ quando percebe que algo ‘diferente’ está surgindo em seu coração, ela é uma pessoa um tanto solitária, e por conta disso, está sempre em busca de qualquer tipo de companhia. Como estuda psicologia, resolveu ir em busca de um ‘relacionamento perfeito’, e para ela, essa relação perfeita está presente no relacionamento aberto (acho que ela só esqueceu de contar para os seus parceiros que eles estavam em um relacionamento aberto, já que a meu ver, o que ela fazia com eles era traição). Aos poucos ela consegue reorganizar seus pensamentos e sentimentos, principalmente com o fato que ocorre com ela quando uma foto intima dela é publicada, quando isso acontece, ela vê a verdadeira face das pessoas que estavam a sua volta, enquanto ela os categorizava para ‘ações’ determinadas, acabava se esquecendo de conhece-los a fundo, vendo que além das qualidades, eles tinham defeitos. Através as trajetória desta personagem, dela em busca da aceitação de seus sentimentos, e por tudo que ela passa podemos ver que a sociedade em si é ‘suja’, mulheres tentando derrubar mulheres por ciúme, raiva, inveja e/ou qualquer outro motivo, usando sempre o meio mais degradante, por saberem o quanto isso machucaria. Inclusive, a personagem faz uma reflexão interessante sobre como as pessoas tendem a generalizar atos, ela diz a seguinte frase: “(...) 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘦́ 𝘮𝘰𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘭 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘮 𝘮𝘢𝘭 𝘥𝘢𝘴 𝘮𝘶𝘭𝘩𝘦𝘳𝘦𝘴? 𝘴𝘦 𝘢𝘤𝘩𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘪𝘻 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘥𝘦 𝘦𝘳𝘳𝘢𝘥𝘰, 𝘧𝘢𝘭𝘦 𝘥𝘦 𝘮𝘪𝘮. 𝘚𝘦 𝘱𝘶𝘴𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘢 𝘤𝘶𝘭𝘱𝘢 𝘥𝘰𝘴 𝘮𝘦𝘶𝘴 𝘢𝘵𝘰𝘴 𝘯𝘰 𝘮𝘦𝘶 𝘨𝘦̂𝘯𝘦𝘳𝘰, 𝘴𝘰́ 𝘮𝘰𝘴𝘵𝘳𝘢𝘳𝘢̃𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘴𝘢̃𝘰 𝘪𝘨𝘯𝘰𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴. (...)”.

Do Ah interpretada pela atriz Kim Bo-ra.

Já os episódios 3 e 4, são comandados pela Ha Ram, ela é uma jovem com seus 29 anos, sempre viveu como uma boa filha, se esforçando ao máximo para ser o orgulho de sua mãe, que a criou sozinha, por conta disso, ela acabava guardando muitas mágoas passadas em seu coração. Depois de tanto viver uma vida monótona, fazendo apenas as coisas que ‘eram certas’, ela resolve aliviar sua mente e fugir de todo o peso que ela carregava, de fazer 30 anos no ano seguinte, estar prestes a se casar e formar sua família, o medo dos seus alunos, a sua mãe começar a separar suas vidas, os pesadelos constantes e outras coisas. Com essa personagem podemos ver o quão ruim é não poder desabafar, além disso, seus episódios são simples e íntimos sem serem vulgares, acredito que por isso ela foi minha personagem favorita do drama, sua mente confusa demora para se arrumar, no entanto, ela percebe que deveria começar a seguir seu próprio caminho. Sem se importar com o que diriam, ela tinha que se importar com seu próprio bem estar e felicidade. Sua história de amor também é simples e bonita, no início poderia parecer que havia um certo desconforto entre eles, no entanto, aos poucos vamos vendo o quanto o dialogo ajuda em uma relação, a partir do momento que eles passam a expor seus sentimentos, percebem onde erravam, onde acertavam, onde poderiam vir a melhorar, e que se amavam. Além disso, seus episódios trazem uma reflexão interessante sobre o pertencimento e o casamento, em determinado momento, a Ha Ram se encontra com uma mulher chamada Ji Sung, que era uma moça despojada, a qual Ha Ram havia observado algumas vezes, e em meio a conversa delas a Ji Sung fala “(...) 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘢 𝘦𝘶 𝘵𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘢𝘳 𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢. 𝘖 𝘤𝘢𝘴𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘯𝘦𝘤𝘦𝘴𝘴𝘢́𝘳𝘪𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴, 𝘦́ 𝘰́𝘣𝘷𝘪𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘴𝘴𝘰𝘢𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦𝘮 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘳 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘰 (...)”.

Ha Ram interpretada Shin Eun-woo.
Nos episódios 5 e 6, conheceremos Ban Ya, uma mulher de 35 anos e que leva uma vida solitária, ela é uma diretora e roteirista de filmes, enquanto estava em sua juventude teve que lidar com um momento muito traumático que fez com que ela passasse a ter pesadelos constantes e que os sentimentos de ressentimento e medo se tornaram uma presença forte no seu dia a dia,  denotando que seu verdadeiro medo de si mesma e de sua ambição. A sua história de amor criada na narrativa dela é algo turbulento, pois ambos personagens estavam marcados por esta memória ruim do passado, e além disso, o diretor Hong, que é o seu par, era um homem que ainda estava ‘oficialmente’ casado, apesar de ter pedido o divórcio e vivido longe de sua esposa por oito anos. Com a Ban Ya percebemos que tudo tem um lado ruim, tanto as pessoas quanto as profissões que nos consome de uma maneira que nos deixa sufocados e com medo do que pode vir a seguir, algumas dessas pessoas são fortes para suportar toda essa pressão, no entanto, nem todas são assim, e acabam procurando meios para ‘descansar’. O que achei interessante em sua narrativa foi mostrarem que nem todo mundo vai conquistar a vida rapidamente, o importante é que, mesmo que você tenha um medo constante, não desista, continue a sua jornada sem menosprezar o seu trabalho, segundo o diretor Hong, em um momento que ele conversava com a Ban Ya, “(...) 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘣𝘦𝘮 𝘧𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘢𝘱𝘢𝘷𝘰𝘳𝘢𝘥𝘢. 𝘐𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘢𝘻 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘦 𝘥𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘤𝘦𝘴𝘴𝘰”.

Ban Ya interpretada pela Ryu Hwa-young.

Por último, mas não menos importante, nos episódios 7 e 8, veremos um pouco da vida de Chung Kyung, uma mulher de 42 anos, e que trabalha em uma marcenaria. Ela é casada a vinte anos com o Woon Beom, a vida do casal é marcada pelos dias monótonos, antes de namorarem, eles eram bons amigos, então nesta relação podemos ver que além de companheiros a muito tempo, eles são melhores amigos e que conhecem muito bem um ao outro. Em um determinado dia, Chung Kyung descobre algo que ela não sabia sobre seu marido, e com isso, acaba se tornando uma pessoa obsessiva com as ligações e saídas sem aviso dele. Apesar de não ter conseguido me conectar com essa personagem (o que resultou em um parágrafo menor para ela), preciso confessar que gostei muito da forma que trabalharam a relação dela com o marido, mostrando que eles sempre foram companheiros de vida, apoiando um ao outro em todos os momentos, além disso, podemos aprender com a Chung Kyung e o Woon Beom sobre o perdão, e também que certas dores não se curam facilmente, o tempo pode passar, mas ela só vai amenizar e que o casamento não é fácil e nem ‘belo’ como fazem parece. Tem uma frase que um amigo do casal disse que me encantou muito, que é “𝘜𝘮 𝘮𝘰𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘭 𝘰 𝘤𝘢𝘴𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘦́ 𝘦𝘯𝘵𝘦𝘥𝘪𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘦́ 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘢𝘮 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘳 𝘯𝘢𝘮𝘰𝘳𝘢𝘥𝘰𝘴, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘤𝘢𝘴𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘦 𝘷𝘪𝘷𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘶𝘮𝘢 𝘧𝘢𝘮𝘪́𝘭𝘪𝘢, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘵𝘦𝘮 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘰𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘷𝘦𝘳 𝘳𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘭 𝘦́ 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘦𝘴𝘴𝘢𝘯𝘵𝘦.”.

Chung Kyung interpretada pela atriz Park Jin-hee.
Além dessas quatro personagens principais que acabei de apresentar, vamos conhecer um pouco da Ji Sung também, ela é uma escritora famosa que estará presente em todos os episódios da trama e tem sua história desenvolvida um pouco mais nos episódios 5 e 6. Ela é uma mulher intensa e de opiniões fortes, por conta disso, ela será o pivô de muitas ocasiões durante a trama, algumas delas, ela estava comandando e outras que ela estava apenas assistindo e se divertindo.

O que o amor representa em cada fase da vida? Qual são nossas prioridades? O que devemos fazer com as nossas vidas? Posso jogar anos no lixo por conta de ‘fofocas’? O casamento precisa ser sempre feliz? Estes são os questionamentos que o drama levanta e tenta responder da forma mais clara e breve possível. Apesar dele ser curto, ele tem uma proposta bonita de mostrar alguns dos percalços que as mulheres precisam passar em suas vidas, como ser chamada de nomes impróprios, sofrer com a generalização que as pessoas criam, dúvidas sobre a vida, um medo constante, dúvidas sobre o parceiro, a dor da perda e outras coisas, e por mais que tratem de maneira ‘leve’ é um drama que consegue fazer com que a gente reflita sobre os tópicos que levanta.

O drama reuniu um bom elenco que conseguiu realmente transpor os sentimentos e confusões dos personagens, por mais que eu tenha amado todas as atuações, preciso dar uma margem maior para falar da Kim Bo Ra, eu amo essa atriz, acompanho os trabalhos dela há muito tempo, seja ela sendo figurante em Master’s Sun, coadjuvante em Her Private Life ou Protagonista em Touch e neste drama, eu simplesmente adoro essa atriz e achei que ela estava muito boa neste papel.

A trama conseguiu trazer fotografias muito bonitas e uma ótima inserção de ost. Além disso, a maneira que as narrativas foram desenvolvidas me encantaram, eles não deixam a desejar e fazem um bom uso do tempo de execução, fazendo com que por mais que sejam apenas 2 episódios para cada narrativa e que tenham muito o que falar, não ficam assuntos vagos dentro delas. Bom, não tenho muito o que falar a não ser dizer que amei este drama, o fato dele trazer um protagonismo 100% feminino pode ter sido um fator crucial, mas a maneira que eles abordam cada tema, conseguindo que sentisse vontade de sorrir e/ou chorar junto aos personagens, também foi um fato que pesou. Então terminarei esta resenha fazendo um pedido para que vocês assistam a este drama, pois ele é realmente bonito e interessante.


Para ver tirinhas das cenas deste drama, acesse AQUI.

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